Estou no último banco do ônibus, o que é um verdadeiro inferno, porque tudo sacode, inclusive a gente. Sim, estou escrevendo este texto nas notas do celular, um verdadeiro problema, tendo em vista que sou daquelas pessoas que enjoam no busão — uma vez um professor de Física do Ensino Médio explicou este fenômeno péssimo, e eu lembro que tem a ver com ondas e as Ciências Exatas, mas, como nunca fui bom com números, vide minha conta bancária, é claro que eu não entendi nada. Enfim, este não é o assunto que quero trabalhar aqui, e me agradeçam por isso.
O que eu quero mesmo dizer é que tem um cara logo mais à frente que eu tenho certeza que conheço, só que não me lembro de onde. Acabei de tirar uma foto dele e mandei para uma amiga que, muito possivelmente, saberá me dizer quem é. Gente, antes de continuar, quero deixar um conselho: se vocês precisarem muito tirar uma foto de alguém sem que a pessoa veja, tirem o flash. Uma vez um amigo tirou uma de um cara na fila do Au-Au para mostrar aos amigos como ele era gato, só que não tirou o flash. AHAM, foi constrangedor, e só não foi mais porque eles acabaram namorando — esse destino sempre fanfarrão, né?
Enfim, voltando ao que interessa, espero descobrir quem é o cara, e conto com a ajuda da minha amiga para isso. Agora, me respondam: como eu conseguiria a ajuda dela se não fosse a existência da internet? Minimamente, eu teria de fazer um retrato dele desenhado para só depois mostrar a alguém, o que seria impossível, afinal, não sei desenhar nada. Aproveitem também e me respondam outra coisa: o que faríamos hoje sem a internet? Não, eu não sou um nerd fanático que considera a internet mais importante do que a água, por exemplo, mas também não sou um simplista qualquer capaz de afirmar que, sem ela, tudo correria normalmente. Sabemos que isso não é verdade, né?
A comunicação humana, a transferência de arquivos, de dinheiro, o funcionamento de inúmeros processos dos quais a humanidade depende hoje para sobreviver e MUITAS outras coisas dependem dela. Sim, a internet conseguiu se tornar indispensável. Um dos principais motivos, na minha humilde opinião, foi a capacidade que ela tem de fazer com que nós, meros mortais, nos tornemos onipresentes. Não somos mais sujeitos físicos, pelo menos não totalmente. Estamos aqui lendo este texto, localizados geograficamente em algum lugar, mas completamente presentes em diversos outros locais. Por exemplo: eu posso estar no trabalho agora, basta que alguém de lá precise de mim. Facilmente eu conseguiria me fazer presente por e-mail, Whats, Messenger, Skype ou sei lá mais o quê.
A internet, se não pretende se tornar um elemento da natureza, talvez pretenda se tornar (ou nos tornar) uma entidade, tal qual deus ou qualquer outra na qual você creia – não, não estou querendo ofender a fé de ninguém, é apenas uma questão puramente filosófica. No entanto, reflitam comigo: o deus do cristianismo, de acordo com a bíblia, é onipresente, onisciente e onipotente, o que significa, respectivamente, que ele pode estar em todos os lugares, pode ter conhecimento de todas as coisas e, mais que isso, pode fazer tudo. A onipresença a internet já permite; a onisciência ainda não, visto que nem todo o conhecimento da humanidade está contido nela; e a onipotência também não, porque há coisas que ela – ainda – não é capaz de fazer. Contudo, qual é o limite do desenvolvimento dela?
Pera, me perdi!
Eu acabei de chegar em casa morrendo de fome, mas antes de cozinhar preciso terminar o meu raciocínio aqui, caso contrário perderei o fio da meada. Estou com a minha colega de apartamento e a nossa gatinha, a Nuvem, mas podemos ter a companhia virtual de qualquer amigo, desde que ele também queira, claro. Aliás, falando (ou escrevendo) sobre virtual, qual é a diferença dele e do real? Só porque as coisas acontecem em um ambiente digital não podemos dizer que elas não aconteceram ou que não existam. O virtual e o real se misturam a cada dia mais e, ao que tudo indica, as pessoas estão gostando disso, diferentemente da mistura entre o público e o privado, mas daí já é outra discussão.
Como eu disse, estou com fome, e quero (preciso) cozinhar, coisa que não faço muito bem, mas adivinhem quem pode me ajudar? Sim, a Nat, minha colega de apê, porque ela é chef. Só que eu não fico pentelhando ela todas as vezes que vou para a cozinha, pois tenho a internetona, ora! É uma “googada” e eu aprendo a fazer uma pá de receitas. Veja só que poderosa essa dona internet, hein?
Se levarmos em conta o fantástico poder dela — da internet, não da Nat —, será que teremos uma heroína ou uma vilã? Será que ela fará sempre o bem ou sempre mal? Neste sentido, acredito que ela se assemelhe muito mais a nós humanos do que aos deuses — a não ser que ela seja do Olimpo, bem louca e inconstante como Zeus e a sua gang. Enquanto isso, vamos mantendo essa relação respeitosa de amor e ódio, porque eu preciso muito mais dela atualmente que ela de mim, né?
Todas as trans finíssimas no Olimpo
De qualquer maneira, fica esta reflexão, que eu gostaria de encerrar com uma frase famosona do tio do Peter Parker (Spider-Man), o tio Ben: “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades“. Ok, nem é dele a frase. Alguns indicam que ela do poderosíssimo iluminista francês Voltaire, mas há indicações de uma frase semelhante na bíblia: “… daqueles a quem foi confiado muito, muito mais será pedido” (Lucas 12:48). E como eu sei tudo isso? Sim, a internet me contou! Medo, né? Tá, parei.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.