Crédito: GAU/ UFPR
Acompanhamos nos últimos dias um caso bastante representativo e que diz respeito ao tratamento que se dá para questões de machismo e violência de gênero na nossa sociedade – e que é refletido em todas as esferas. Para quem não está por dentro, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) está passando por um momento bastante crítico e falhando sumariamente ao cumprir seu papel social ao não coibir práticas machistas – podemos dizer criminosas – e, além disso, culpar as estudantes que são vítimas de machismo diariamente.
Na semana passada, os coletivos feministas da universidade se encontraram no Centro Politécnico, que reúne os cursos do setor de Tecnologia – Engenharias, em sua maioria – para realizar uma oficina de estêncis, conversar sobre as práticas machistas que são comuns dentro do campus. Na segunda-feira, o Grêmio de Arquitetura e Urbanismo (GAU) acordou com cartazes com mensagens machistas, opressoras, lesbofóbicas, criminosas, que nem valem a pena serem reproduzidas (deixo fotos para matar a curiosidade, mas me recuso a disseminar este discurso). Diante das mensagens em que se leem ameaças de estupro e violência sexual, os mesmos coletivos se organizaram para realizar uma nova oficina para não se manterem calados diante das ameaças, realizando intervenções em espaços acadêmicos. O ato gerou atrito dentro da universidade. Os relatos mostram que, o chefe do departamento de Arquitetura e Urbanismo veio até as estudantes para dizer o ato configurava depredação do patrimônio público e ameaçou punir as garotas responsáveis pela produção dos estêncis e cartazes com processo administrativo, por meio de um edital. Essa atitude foi corroborada pelo Diretório Acadêmico de Engenharia do Paraná (DEAP), que afirmou apoiar a desconstrução de ideias machistas dentro dos cursos, mas que, porém, contudo, todavia, existem outras maneiras mais eficientes de se modificar esta situação.
Crédito: GAU/ UFPR
Pois bem.
Me parece que, diferentemente do que nos fazem acreditar, a universidade não é o local de construção de uma sociedade diferente, mais justa. O caso em questão só reflete um problema que é da sociedade inteira dentro das instituições. Além de não mover uma palha para punir o autor das mensagens – que, em minha opinião, deveria ser expulso na instituição –, ainda buscou-se coibir a reação das garotas que são vitimadas todos os dias dentro do Centro Politécnico por meio de uma tecnicalidade em vez de buscar resolver o problema cultural. Uma atitude clássica quando se trata de atitudes machistas e opressoras – estava bêbada, usou roupa curta, saiu sozinha, bem feito. O que mais poderíamos esperar das instituições de ensino que expulsam uma garota por usar um vestido curto e é hostilizada por todos (e todas) e apenas suspendem por seis meses um garoto que estupra quatro meninas?
Conversando com algumas das garotas – que ainda são minoria nos cursos de Ciências Exatas muito por conta do machismo dentro das áreas [voltaremos, um dia, a essa discussão], é de conhecimento amplo, geral e irrestrito que, além de serem subestimadas pelos pares, professores e colegas, sofrem com ameaças constantes de violência dentro do campus escuro e assédio dentro e fora da sala de aula. Em outros relatos, soube que há infinitas buscas de diálogo com a UFPR para, ao menos, debater o assunto e buscar promover a igualdade de gênero na universidade, e a resposta é a omissão. No caso em questão, ao se aproximar das garotas que promoviam o ato, o chefe de departamento nem ao menos citou as mensagens machistas.
O local onde é construído o conhecimento deve sim ser o local do diálogo e de evolução social. Mas, enquanto continuarmos colocando panos quentes diante de ameaças concretas de estupro e violência e não punindo os agressores de forma incisiva, continuaremos fazendo das universidades um mero reflexo de uma sociedade que bate, estupra e mata mulheres e as culpa por isso.
Mulheres, estamos todas juntas. Machistas não passarão.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.