7 músicas que te farão refletir sobre a causa LGBT

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I don’t care if the world know what my secrets are

Secrets, Mary Lambert.

Toda semana, enquanto escrevo os textos para o Not Today Satan, inspiro-me em alguma música que deixo tocando sem parar. Mas só quando estava pensando sobre o que escrever esta semana, percebi a importância dessas letras e clipes na minha reflexão sobre a comunidade GLS. Algumas com histórias de superação, outras com clipes sobre a homofobia, mas todas em uníssono com a valorização das diferenças. Resolvi, então, compartilhar com vocês uma lista de músicas e clipes que envolvem a temática LGBT. Como diz Mama Ru: let the music play!

1- Mary Lambert

Mary Lambert foi a minha melhor descoberta em 2013. Ela me ajudou a entender a importância de se assumir e fez parte do meu processo de saída do armário. A cantora e compositora americana expõe em suas letras uma poesia de dor sobre os problemas que teve na infância por ser lésbica. Lambert cresceu em uma família cristã conservadora. No refrão de um dos seus maiores sucessos, ela diz “eu não choro mais aos domingos”, sobre como ela se sentia após os cultos opressores de domingo em sua igreja.

2- Lay me Down – Sam Smith

Sam Smith é uma das grandes revelações de 2014. Assumidamente gay, o cantor fala abertamente sobre os problemas amorosos que enfrentou. Em Lay me Down, ele canta a morte de um grande amor e retrata a tristeza sentida em seu velório. O clipe é um marco porque, segundo Sam, ele “representa o sonho de que um dia, homens e mulheres gays e transgêneros ao redor do mundo, como todos os nossos familiares e amigos heterossexuais, possam se casar sob qualquer teto, em qualquer cidade, em qualquer vilarejo, em qualquer país”.

3- Take me to Church – Hozier

Heterossexual, mas a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, Hozier ilustrou o single Take me to Church com um videoclipe que faz uma crítica ao fanatismo religioso contra gays. O vídeo do irlandês já tem mais de 30 milhões de visualizações no Youtube e viralizou a polêmica relação entre os religiosos e o que eles taxam de “doentes” e expurgam da sociedade.

4- Same Love – Macklemore & Ryan Lewis

A letra desta música é uma preciosidade no universo musical. Poucas canções conseguem te atingir direto no coração da mesma forma que esta faz. A faixa Same Love fez parte tanto do lançamento do primeiro álbum do rapper Macklemore como trouxe a já citada Mary Lambert para o mercado comercial. Além de ter recebido o prêmio na categoria de Mensagem Social no VMA 2013, a música também fez parte da campanha para o referendo do Washington Referendum 74, que permitiu a união entre pessoas do mesmo sexo em Washington.

5- Really Don’t Care – Demi Lovato

A Demi arrebentou tudo com o segundo clipe de Really Don’t Care. Apesar de sugerir uma mensagem mais teen, do tipo “não se importe com o que os outros pensam sobre você”, a música é um hino que nos incentiva a não nos envergonharmos de quem somos. Gravado na Parada Gay de Hollywood, o vídeo nos faz amar cada vez mais a Demi. Sua luta pela causa não é de hoje, ela já até foi proibida de entrar na Rússia por ter colocado dois dançarinos se beijando com uma máscara de Putin em um show!

6- Juro por Deus – Filipe Catto

Filipe é meu muso brasileiro. Ele possui várias músicas nas quais refere-se a si mesmo no feminino. Mas a minha inspiração nesta canção vem de uma fantasia pessoal: eu imaginava me assumindo para o meu pai – o que já foi meu maior medo – em uma audição do The Voice Brasil cantando esta música. No clímax da letra, eu tiraria minha jaqueta de botões e apareceria com um decote até o umbigo.

7- Stereo – Ana Carolina

Com uma letra carregada de sensualismos, marca registrada da Ana Carolina, Stereo trata de um assunto que não é unanimidade nem dentro do movimento. “Menina e menino, pego em Stereo” faz referência à bissexualidade assumida de Ana, que é uma das principais defensoras do poliamor entre a classe artística brasileira.

Por Lucas Panek
09/04/2015 00h46