Se você encontrar o Mac DeMarco e a sua banda por aí não os leve a mal. Talvez eles estejam num jantar exótico, usando as lagostas do prato principal como taça para o espumante. Não se assuste se, por acaso, você ver o Mac tomando banho de chuveirinho sentado no vaso sanitário ou pelado no palco fazendo alguma ‘brincadeira’ com as baquetas. Eles formam aquele grupo de pessoas que, quando vemos, rimos e pensamos: “esses caras são loucos”. De turistas malucos na China a exploradores na Austrália, de festas na piscina a shows de rock.
Mas você também pode encontrar o Mac no seu Jizz Jazz Studios, no Brooklyn. No seu retiro criativo, entre cadernos de poesia e equipamentos de gravação, Mac criou uma espécie de templo para si mesmo, com diversas fotos e memorabilias. Estranho, descontraído, excêntrico. O Mac DeMarco é uma ótima e inusitada mistura. Ele é o tipo de cara que não perde tempo com seriedades exageradas, mas nem por isso deixa-se cair no vazio. Sentado no seu estúdio, entre cigarros e piadas, ele diz que uma boa canção pop tem letras estranhas, tem tristeza e é capaz de fazer o ouvinte se ver dentro da música – a tal da empatia. Pete Sagar, ex-guitarrista da banda e amigo de infância de Mac, conta que, de início, eles não eram próximos pelo fato do Mac parecer ser muito idiota. Mas, eventualmente, Pete percebeu que o ele não era totalmente estúpido – tanto que Mac virou seu chefe. Tudo isso da algumas pistas de quem e que som faz Mac DeMarco.
Vernor Winfield McBriare Smith IV, um canadense nascido em abril de 1990, iniciou sua vida musical tocando em bandas de colégio. Mas foi em 2008, quando se mudou para Vancouver, que a sua carreira começou a decolar. Sob o nome de Makeout Videotape, ele produziu e lançou quatro EPs e um disco entre 2009 e 2010. O destaque que sua música teve lhe proporcionou contratos com gravadoras e novas possibilidades. Em 2012, morando em Montreal, ele adotou o nome que iniciaria sua carreira solo e, assim, Mac DeMarco lançou seu primeiro EP, o ‘Rock and Roll Nightclub‘, algo entre um show de rock e uma boate, com uma pitada de Randy Marsh – personagem de South Park. Seu vocal relaxado e seus arranjos e timbres de guitarra, já anunciando a construção de uma personalidade musical consistente, fizeram com que o selo lhe oferecesse a gravação de um álbum. E, naquele mesmo ano, Mac DeMarco lançou o seu primeiro disco: ‘2‘.
É possível notar a construção do som do Mac ao longo da sua carreira. A essência da sua personalidade musical é facilmente reconhecível. Mas, se em ‘Rock and Roll Nightclub’ ele trouxe influências glam e um humor muito mais irônico, em ‘2’ começamos a perceber que o Mac não é – ou, ao menos, não é só – um doidão. Suas músicas, que caminham numa espécie de suavidade exótica e excêntrica, tratam de vários temas. Dos problemas de casa, passando pelos apertos do coração e chegando até ao seu cigarro favorito: Mac, com suas composições, mira num rock honesto, descontraído e sincero.
‘Cooking Up Something Good‘, faixa que abre o disco, trás o capotraste na guitarra e os acordes tocados quase displicentemente, bem ao seu estilo. A música é descontraída, mas está no refrão aquela angustia sufocante em relação ao tempo e como ele passa, às vezes, de vagar. O timbres dos instrumentos soam muito bem no disco e ajudam a construir um sentido de unidade. A segunda faixa, ‘Dreaming‘, nos faz reparar no peso do palhetado do baixo e a suavidade dos arpejos. Depois de sonhar com a lembranças de uma paixão, Mac volta para casa com a ótima ‘Freaking Out the Neighborhood‘ e da uma ideia dos problemas que ele já deu para a sua mãe. O disco segue com a balada ‘Annie‘, sem perder a leveza, sobre o aquele espiral infinito que mistura amor e dor.
Outra canção de amor, mas para seus companheiros de todas as horas: ‘Ode to Viceroy‘ é, simplesmente, uma bela homenagem aos cigarros Viceroy, seus preferidos. Uma balada de letra gentil e carinhosa, numa música que trás um dos melhores solos de guitarra do disco, resulta numa ode ao cigarro. A nós, resta mais algumas tragadas. O disco mantém o bom ritmo com uma ótima sequência que conta com ‘Robson Girl‘ e ‘The Stars Keep on Calling My Name‘, músicas que falam do amor. Assim como ‘My Kind of Woman‘. Porém, a última vem como uma súplica de alguém cansado, quase se entregando a loucura, por se apaixonar por uma pessoa ideal, porém distante. Depois de admitir o amor demais, ‘Boe Zaah‘, a única faixa instrumental do disco, é uma ótima oportunidade para apreciar a construção e os timbres do álbum. Mac Demarco se mostra um compositor muito competente e cuidadoso com os arranjos das suas músicas. Mantendo essa levada, e se aproximando do fim do disco, ‘Sherill‘, entre microfonias e sons, derrete nos ouvidos. E, por fim, ‘Still Together‘, uma música construída sobre a voz e a guitarra de Mac é uma despedida tranquila para fechar o disco.
Mac Demarco ainda lançaria o disco ‘Salad Days‘, em 2014, e ‘Another One‘, nesse ano. Ele, que está entre um jovem freak e um poeta, consegue transmitir em suas músicas a sua própria imagem. Seu equilibrio entre seriedade e bom humor é um dos seus grandes méritos. Seu cuidado com timbres e a arranjos também ajudam a construir sua identidade artística sedutora. Mac DeMarco, uma das coisas mais interessantes que temos na música mainstream atualmente, ainda tem muitas piadas sem noção para contar e boas músicas para compor.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.