“Quem não gosta de samba bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé”
(Caymmi)
Dezembro de 1916 ocorreu um dos atos mais revolucionários da cultura popular brasileira. Ernesto dos Santos, o Donga, foi à Biblioteca Nacional e registrou sob o número 3295 a música Roceiro, futura Pelo Telefone, que em sua alcunha trazia: ritmo – samba. Foi a primeira vez que samba foi usado como um ritmo. Nascia a nova música do Brasil, nascia a tristeza que balança, nascia o novo feitio de oração, nascia enigmático, sem saber muito bem de onde, mas nascia o pai do prazer, nascia o filho da dor.
Donga, compositor, junto com Mauro de Almeida, do primeiro samba, Pelo Telefone
E desde então a discussão não cessa, uns têm a certidão do samba baiano, outros conferem ao Rio de Janeiro, alguns – ousados – falam que é africano. Porém, uma das primeiras vezes que se ouviu falar de samba foi por meio das palavras do frei Miguel do Sacramento Lopes Gama, em 1838, numa quadrinha na revista pernambucana Carapuceiro. A essa altura não era música carioca ou baiana, era um amontoado de danças e músicas introduzidas pelos escravos no Brasil.
Anos mais tarde o samba ganhou caráter híbrido, idiossincrático, tornou-se a mescla das umbigadas vindas do Lundu (dança tipicamente africana), da cultura de baianas que migraram para o Rio de Janeiro, pós-Guerra dos Canudos, em busca de uma vida melhor e de toda a heterogeneidade reinante na então capital federal.
Vindo da África, passado pela Bahia, foi, de fato, na extinta Praça Onze – também chamada de Pequena África, pois foi a maior concentração de negros imigrantes, principalmente da Bahia – no centro do Rio de Janeiro, onde hoje passa a Avenida Presidente Vargas, que o samba se materializou como ritmo do Brasil, pra ser preciso, na Rua Visconde do Itaúna, nº 117, endereço de Tia Ciata, uma das tais baianas imigrantes.
Donga e Mauro de Almeida (os compositores do primeiro samba), Sinhô (o Rei do Samba), Pixinguinha (o pai de todos da música popular brasileira) eram nomes que viviam num entra e sai danado na casa de Tia Ciata. No fundo do quintal o sambão comia solto, era o único lugar possível, era onde a polícia não chegava, num tempo que tocar samba era crime, como o próprio Donga disse, “o fulano da polícia pegava o outro tocando violão, este sujeito estava perdido. Perdido! Pior que comunista, muito pior. Isso que estou lhe contando é verdade. Não era brincadeira, não. O castigo era seríssimo, O delegado te botava lá umas 24 horas”.
Foi ali, na Praça Onze (foto de destaque) e na casa da Tia Ciata, que o samba se tornou, ainda clandestino, coisa séria e abriu a primeira metade do século XX como a institucionalização da cultura popular brasileira. Em seguida veio a Semana de Arte Moderna, depois Raízes do Brasil e Casa Grande e Senzala etc.
O samba, como reza toda tradição, é uma grande invenção… Sem mistério!
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