Zeca Baleiro faz show morno com Quarteto Iguaçu em Curitiba

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Na sexta-feira (28) o cantor maranhense Zeca Baleiro se apresentou em Curitiba ao lado do Quarteto Iguaçu, da Orquestra de Cordas de Tunas do Paraná e Pinhais e do Coral Copel. O show teve abertura da cantora curitibana Rafaela Fortunato, que visivelmente nervosa não conseguia atingir as principais notas da música “Vapor Barato”, famosa na voz de Gal Costa. Além do Quarteto, Zeca estava acompanhado de um power trio e ao subir no palco foi ovacionado pelo público que lotou o Teatro Guaíra para conferir a apresentação.

Foto: Lucas Citon

Foto: Lucas Citon/Curitiba Cult

A primeira música, “Salão de Beleza”, teve participação da plateia, que cantava em coro. Antes da música “Essas Emoções”, Zeca recebeu a Orquestra de Cordas e o Coral Copel no palco. O show continuou com as músicas “Calma Aí”, “Coração” e “Mamãe Oxum”. Antes de cantar um de seus grandes sucessos, “Lenha”, o cantor falou pela primeira vez com a plateia, dizendo que era um prazer dividir o palco com o Quarteto Iguaçu, pois muitos amigos já passaram pelo projeto e teceram elogios.

Infelizmente Zeca se reuniu apenas uma vez com o grupo antes da apresentação e isto foi refletido no show, que em alguns momentos parceria um grande ensaio aberto. Zeca nunca havia tocado ao vivo algumas músicas escolhidas pelo maestro para o espetáculo – como “Ai Que Saudades D’ocê”, que o cantor pediu para recomeçar pois havia errado.

Apesar de ser uma apresentação diferente, as fãs do cantor ocuparam as primeiras filas da plateia e sempre interagiam pedindo músicas ou tecendo elogios. No bis, Zeca fez uma versão apenas de voz e violão da música “Ópio”, e então chamou os outros músicos novamente ao palco. Neste momento o cantor já estava mais relaxado, e até fugiu do repertório para cantar, despretensiosamente, a música “Funk da Lama”, tentando coreografar passos de funk. A sequência do bis se deu com a repetição das músicas “Salão de Beleza” e “Telegrama”.

O show teve duração de cerca de 1h20 e o saldo não foi dos mais positivos. A falta de ensaio e o repertório muito enxuto (inclusive com a repetição de duas músicas) fez com que ele se tornasse monótono, sem a agitação e peso que os shows do cantor têm.

Por Felipe Rocha
02/12/2014 00h31