Você tem crises de pânico? Aprenda a lidar com isso

Emoções mal resolvidas tendem a causar problemas para o corpo todo, pois quando acumuladas podem transformar-se em doenças psicossomáticas. A síndrome do pânico, ou transtorno de pânico, por exemplo, é um transtorno de ansiedade grave que desencadeia crises de medo.

Existe uma diferença entre crises de ansiedade e a síndrome do pânico. As primeiras acontecem com todas as pessoas e ocorrem por que sentimos medos e temos expectativas diante de várias situações. Já as pessoas que têm transtorno de ansiedade, ou síndrome do pânico, possuem uma ansiedade crônica, constante e, de vez em quando, ou com certa frequência, dependendo do caso, vivenciam crises agudas, repentinas, que acontecem independente do contexto em que a pessoa esteja ou também podem ser provocadas por algum fator desencadeante.

Todos nós sentimos medo e esse sentimento é importante para nos manter a salvo, o medo se inicia quando reconhecemos uma ameaça e se dissipa logo que nos sentimos seguros. A ansiedade, nada mais é do que a antecipação do perigo que pode nos ferir ou nos matar. É um sentimento natural que nos prepara para enfrentar uma situação desafiadora. Poucas coisas mudaram entre a forma que o nosso corpo funciona e o dos nossos ancestrais, eles estavam expostos a muitos riscos como plantas tóxicas, ataque de animais, conflitos entre as tribos, e precisavam sobreviver em um ambiente hostil, era preciso viver atento aos perigos.

Os riscos da vida moderna são outros, mas a ansiedade continua a existir para nos proteger do sofrimento como provas, encontros importantes, entrevistas, resultados de exames médicos. Nesses momentos, é normal sentir o coração acelerar, a transpiração aumentar, os pensamentos ficarem acelerados e focados em um único tema e tudo isso causa insônia. Quando o problema é resolvido todos os sintomas vão embora. A diferença entre uma pessoa normal e uma que apresenta um transtorno mental é de acordo com a duração, intensidade e frequência, dos sintomas, que são apresentados.

Os sintomas característicos são: falta de ar, tremores, sudorese, sensação de nó na garganta ou no peito, palpitação, tonturas, enjoos, formigamento ou dormência no corpo e vários outros sintomas, que levam a pessoa a pensar apenas na iminência de sua morte, as crises duram de 10 minutos à meia hora. Quem já apresentou esses sintomas mais de uma vez, provavelmente é portador desse transtorno mental e precisa conhecer o que desencadeia a crise, talvez seja um pensamento de medo, uma preocupação de que algo ruim poderá acontecer, ou algum motivo mais inconsciente. Nem todas as pessoas que são ansiosas vão desenvolver a síndrome do pânico, elas apenas têm uma predisposição.

A síndrome do pânico se caracteriza pela somatória de todos os sintomas das crises agudas de ansiedade, como se todos esses sintomas fossem amplificados e seguidos de uma sensação de grande sofrimento. Os portadores desse transtorno temem as crises, pois elas podem apresentar-se sem nenhum motivo e em qualquer lugar.

É importante lembrar que temos um corpo e uma mente que precisam viver em equilíbrio e a chave para esse equilíbrio é o autoconhecimento, devemos nos dedicar a descobrir como funciona nosso corpo e quando temos alguma doença, descobrir o motivo real de por que ele está tendo uma resposta diferente da qual deveria ter, que é a saúde.

Um grande problema é que muitas pessoas têm expectativas de soluções rápidas para tudo, desde uma simples tristeza até para quadros graves de transtornos mentais. É fundamental entender quais fatores levaram a tal problema. São questões multifatoriais somadas às questões ambientais e genéticas e que demoraram muito tempo para se manifestarem, gerando uma síndrome. Portanto, não é do dia para a noite que tudo se resolverá. Assim como a causa, o tratamento também deve ser multifatorial, demandando mudança no estilo de vida, com hábitos e alimentação saudáveis, terapia, meditação, exercícios físicos. É preciso um apoio psicoterapêutico, não só tratamentos medicamentosos, já que esses só devem ser usados em casos extremos, dependendo do nível em que está instalada a doença e se as diversas alternativas de tratamento não deram certo, pois é possível perceber uma melhora significativa em pacientes que optam pelo tratamento com técnicas terapêuticas alternativas, como a administração de florais, técnicas de relaxamento com meditação e respiração.

Exercite a sua mente todos os dias, positivando a sua fala e o seu pensamento. A cura da ansiedade está em como respiramos e a forma como pensamos. Ansiedade é medo do futuro, e medo é todo pensamento negativo que temos em relação ao futuro. Não é real. É uma fantasia de algo que pode ou não acontecer. Nossos pensamentos são capazes de nos fazer sentir prazer, dor, tristeza, medo, raiva, qualquer sentimento, é só uma simulação, então você escolhe o que quer sentir.

Questões como essas são importantes serem tratadas terapeuticamente por profissionais experientes para que possam proporcionar auxílio no processo de equilíbrio emocional e conduzir o tratamento de forma séria e respeitosa.

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Por Luiza Franco
26/05/2018 15h25