‘Tudo e Todas as Coisas’ não é tudo isso não

Produções contando a história de casais, com um teor mais adolescente e romance se mesclando com o drama de uma doença, estão se tornando rotina e conquistando um grande número de fãs. Para alegria destes, mais um exemplar chegou nesta quinta (15) aos cinemas: Tudo e Todas as Coisas. O filme tenta se acertar nesta fórmula que se mostrou certeira e já foi apresentada em ‘A Culpa é das Estrelas, ‘Antes que Eu Vá’ e até mesmo ‘Como Eu Era Antes de Você’.

Tudo e Todas as Coisas é uma adaptação do livro homônimo e conta a história da adolescente Maddie (Amandla Stenberg) que sofre de uma grave doença que a impede de sair de casa. Prestes a completar 18 anos, ela está sempre aos cuidados da mãe e restrita do mundo exterior. Porém tudo muda quando o jovem Olly (Nick Robinson) se torna seu vizinho e de imediato uma paixão floresce entre ambos.

A produção, que é dirigida pela novata Stelle Maghie e roteirizada por J. Mills Goodloe, se mantém numa zona de conforto, sabendo andar pelas nuances de romance e drama sem exagerar. Goodloe é responsável por ‘A Incrível História de Adaline’ e ‘O Melhor de Mim’, dois excelentes filmes que não fogem muito da temática mostrada aqui, ou seja, ele entende do assunto. Tudo e Todas as Coisas se aproveita da zona de conforto que a trama se encontra e não foge muito disso, porém nem tudo isso aí é tão bom quanto aparenta.

Toda a história é bem bonitinha, contada em detalhes e recheada de pontos que empolgam os amantes do gênero: trilha sonora bacana, desenhos, um casal composto por uma garota fofa/ingênua (muito bem interpretada por Stenberg) e um rapaz misterioso com pinta de galã (indiferente a escalação de Robinson, já que o papel é bem simples). Entretanto, Tudo e Todas as Coisas é muito raso e não se aprofunda em nada, uma trama sem muito conteúdo que nem tenta se esforçar para criar algo que prenda verdadeiramente o espectador.

Temos um exemplo típico de produção focada em um seleto grupo que ama melodramas, casais e luta contra o improvável. E felizmente, aos fãs do estilo, é um grande acerto dentro de tal gênero. Fugindo disto, Tudo e Todas as Coisas é fraco no seu encaminhamento e conta com a cooperação do público para aceitar todas as superficialidades colocadas em cena. Falta muita coisa para se tornar marcante, talvez um pouquinho mais de inovação já fosse suficiente. Enfim, é emoção momentânea e nada mais.

Nota: 6,5

Trailer – Tudo e Todas as Coisas

Por Adalberto Juliatto
16/06/2017 20h46