Onde você está errando no amor

Ah o amor é lindo… o dos outros… o nosso nem sempre…

Na verdade o namoro de todo mundo passa por altos e baixos, mas às vezes temos a sensação de que o namoro do vizinho é mais “verde”.

Vamos começar definindo o que é o amor: forte afeição por outra pessoa, atração, admiração, desejo, vontade de ter o outro a todo o momento. Sim, tudo isso faz parte do lado bom do amor, mas precisamos também conhecer o outro lado…

Quando você trata uma pessoa com amor, não espere um amor reciproco. Muitas pessoas estão presas na busca pelo reconhecimento, aprovação e aceitação. Se você ama uma pessoa e a aceita como ela é você interrompe essa busca e tira o sentido da coisa. Ela não aceita que foi aceita, ela precisa provar que consegue conquistar o amor de alguém e toda luta exige esforço para ser valorizada. Ao conquistar acaba a vontade de conquistar.

E por isso tanta gente ama quem a trata mal, e quanto pior, melhor. Assim a busca voltar a fazer sentido. E o sofrimento é a recompensa. O reforço intermitente, um pouco de atenção que chega não se sabe quando, faz o vicio prevalecer sobre o amor.

Você já deve ter visto uma situação assim, ou até mesmo passado por isso. Você gosta de alguém e a partir do momento que demonstra seu amor, a pessoa passa a te esnobar, ou você pisa em uma pessoa e ela se apaixona por você. Isso tudo faz parte do lado negativo do amor, que na verdade não é amor, é uma batalha de egos.

Um bom amor está diretamente ligado à maturidade dos dois. Para viver um grande amor é preciso desenvolver algumas coisas fundamentais: maturidade emocional, autoestima, autoconfiança e consciência. E também, o principal, saber avaliar quem merece estar ao seu lado.

Uma pessoa imatura exigirá muito do outro, ou corre o risco de se doar muito ao outro, não conseguindo avaliar onde está o equilíbrio do relacionamento. Sem contar que as brigas por bobagens se tornam constantes.

Uma pessoa com baixa autoestima corre o risco de aceitar um relacionamento abusivo por medo de ficar sozinha. Aceita sofrer, pois tem medo de perder seu amor, doa-se muito e se torna desinteressante.

Uma pessoa sem autoconfiança tende a sentir muito ciúmes do outro e faz muitas cobranças.

Uma pessoa que não está consciente do que está vivendo no seu relacionamento, pode se relacionar com alguém que não deseja ter daqui 10 anos, ou que não admira, ou que não se sente feliz e segura. Corre o risco de estar por estar e acabar ficando e o tempo passando e quando se dar conta não sabe o que está fazendo ali.

Quando escolhemos alguém para dividir nossa vida, esse relacionamento tem que ser construtivo para os dois. Ambos devem se apoiar para conquistarem seus sonhos. É preciso obrigatoriamente existir uma parceria de vida. Se for para ficar sofrendo, estacionado na vida ou regredindo, ou se for para atrapalhar o desenvolvimento do outro, é melhor repensar porque isso não é amor.

Por Luiza Franco
06/02/2017 15h55