Crítica – A Vida Sexual da Mulher Feia

Otávio Muller já se tornou Maricleide na primeira de três apresentações de A Vida Sexual da Mulher Feia em Curitiba. Dono de um humor fácil e de rápido improviso, Otávio incorpora uma mulher feia em cima do palco e conta sua história do momento do nascimento até a vida adulta.

O ator faz questão de contar detalhadamente cada momento da vida de Maricleide. No nascimento no qual todos se assustam ao ver a criança, as dificuldades na infância e na adolescência e os hormônios à flor da pele no início da vida adulta. A riqueza e ao mesmo a simplicidade do enredo faz com que a peça se aproxime do público e o envolva ao longo da apresentação.

Otávio consegue fazer com que os espectadores torçam pela personagem e até os façam participar durante a peça pedindo respostas do que irá acontecer a seguir. A entrega é tão grande que o ator chega a se despir – quase completamente – em cima do palco, não sendo vulgar, deixando o público completamente confortável e arrancando muitos risos de quem o assiste.

Maricleide é uma personagem muito bem pensada a qual qualquer pessoa consegue se identificar em algum momento da peça. Com um humor sadio e inteligente, Otávio Muller arrancou intensos aplausos merecidos ao término da apresentação.

>> A Vida Sexual da Mulher Feia continua em cartaz neste sábado e domingo. Confira aqui.

Por Karina Sonaglio
18/10/2014 00h24