Crítica November Man – Um Espião que Nunca Morre (The November Man)

Estreando somente agora no Brasil, com um atraso de três meses comparado aos Estados Unidos, onde foi lançado em agosto, November Man – Um Espião que Nunca Morre é a nova empreitada cinematográfica de Pierce Brosnan. O filme é baseado no livro There Are No Spies, de Bill Granger, e conta com o próprio Brosnan no papel principal.

A história é sobre um espião chamado Peter Devereaux (Pierce Brosnan) que após uma missão falha acaba sendo afastado de seu cargo, cinco anos se passam e ele acaba colocado em outra missão envolvendo EUA e Rússia. Onde muitos interesses pessoais, amorosos e vidas estão em jogo.

Sinopse bem típica de um filme de espionagem e ação, mas não para por ai já que todo filme segue a mesma linhagem já estabelecida para produções deste gênero. Talvez coincidência maior ainda seja a colocação de Pierce Brosnan como um espião, o ator que é justamente conhecido por ser o último 007 antes de Daniel Craig assumir o posto. Mais coincidência ainda é a atriz Olga Kurylenko no papel secundário, ela que já foi uma BondGirl em Quantum of Solace.

Ilhado em tantas coincidências, o filme acaba se prendendo exageradamente no clichê em suas sequências. Demérito talvez do fraco diretor Roger Donaldson que só conduziu fiascos, com exceção do bom Efeito Dominó, e demonstra aqui nitidamente o despreparo de fazer grande coisa em cenas que poderiam se sair bem e acabam por cair no óbvio.

Apesar dos problemas de criação, November Man ainda consegue trazer uma boa trama que prende o espectador na expectativa de um desfecho diferente. Méritos pelas boas atuações de Luke Bracey como o aprendiz de espionagem e até mesmo Olga em cenas mais emotivas, só que principalmente Pierce Brosnan. O cara saiu de 007, mas James Bond não saiu dele. Sua atuação é de alto nível mostrando que seu lugar é nesse estilo mesmo e não em comédias românticas.

Pontos fortes

Além da ótima exibição de Brosnan que faz valer o reencontro com a espionagem nas telonas, November Man foge pelo menos do estilo bom espião já impregnado. Devereaux não é um cara legal e as cenas de tiroteio com mortes são muito bem feitas, um grande atrativo aos fãs do gênero.

Ponto fraco

Clichê. Tudo acontece da forma esperada, reviravoltas já premeditadas e aquele velho papel de que os Estados Unidos salvam e o resto cria problemas.

Nota: 5,5

Trailer November Man – Um Espião que Nunca Morre (The November Man)

Por Adalberto Juliatto
07/11/2014 15h57