Crítica – Homens, Mulheres e Filhos (Men, Women & Children)

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Estreando nesta quinta-feira (4), ‘Homens, Mulheres e Filhos‘ é o novo filme de Jason Reitman, que também dirigiu ‘Juno’ e ‘Amor Sem Escalas’. Sua mais recente obra, no entanto, não tem nem metade do peso das anteriores, diferente do que se esperava. Apesar do ótimo elenco, com nomes como Adam Sandler e Jennifer Garner, o longa é morno.

Durante duas horas são contadas diversas histórias, todas alicerçadas em um drama comum: a era da internet, marcada pelo uso obsessivo da tecnologia. Don (Adam Sandler) é o personagem mais bem interpretado da trama. Ele é um marido cujo casamento está desmoronando e, frustrado, decide marcar um encontro com uma garota de programa. Sua mulher, igualmente cansada, busca outros parceiros em um site de relacionamento.

Também são relatadas as histórias de Donna (Judy Greer), uma mãe que expõe a filha em um site a fim de ajudá-la a alcançar a fama; de Patricia (Jennifer Garner), uma dona de casa controladora que utiliza a tecnologia para monitorar a vida de sua filha; de Kent (Dean Norris), um pai recém-divorciado que não sabe quais são os limites saudáveis do uso da internet para repassar ao filho; e de Danny (Timothée Chalamet), um adolescente viciado em pornografia.

Os momentos mais interessantes do longa, no entanto, estão diretamente relacionados à sexta trama: o relacionamento que os jovens Tim (Ansel Elgort) e Brandy (Kaitlyn Dever) constroem. Ambos estão insatisfeitos com suas famílias e se aproximam de um modo bonito, sobretudo porque Brandy precisa driblar Patricia, sua mãe controladora, para vê-lo.

No fim das contas, o filme tem seus altos e baixos, mas chega a parecer educativo. Embora os pontos de vista do diretor sobre a internet sejam interessantes, a obra nunca encontra seu fôlego dramático.

Pontos fortes

É sempre bom ver Adam Sandler, conhecido por suas comédias, num papel dramático. Sua atuação em ‘Homens, Mulheres e Filhos’ é excelente. Além disso, o filme não chega a ser uma perda de tempo. Ele entretém, mas é facilmente esquecido.

Pontos fracos

Não há nada de excepcional. As histórias são criativas, mas não impressionam como as que o diretor contou anteriormente em sua carreira. Não vale a pena ir ao cinema esperando outra personagem caricata como Juno. O longa é regular em todos os sentidos.

Nota: 6,5

Homens, Mulheres e Filhos – trailer 

Por Jessica Carvalho
04/12/2014 17h03